Jesus e as Praticas da Igreja......
Jesus incluía a sua Igreja Exclui
Vemos
nos evangelhos que muitas vezes Jesus vai contra as leis religiosas de sua
época, para colocar alguém de volta no coração do pai. Ele sempre foi contra
todo tipo de exclusão. Isso com as mulheres, às vezes com pecadores públicos,
indo comer em suas casas, outras vezes nas vilas de leprosos, a verdade é que
se observamos a vida, o ministério de Nosso Senhor ele sempre demostrava ser
contra toda aquela exclusão, propagada por uma raça de homens que pareciam tão
puros, que colocavam os fardos da religião nas costas do povo. O tempo passou,
a igreja cresceu, convertendo-se muitas vezes as ideias de puritanismo
religioso que nunca foi pregado por Jesus e pelos seus discípulos. Hoje
infelizmente nossa Igreja, tem práticas que tornam o homem escravo, excluído da
prática cristã. Uma delas é a comunhão. Hoje fui à missa na Igreja Matriz de
Nossa Senhora Livramento, quando na hora da comunhão vi um bom homem de
casamento de segunda união chorar sem lagrimas, sentindo-se excluído do
banquete do cordeiro de Deus. Fico pensando se o direito canônico de nossa
Igreja, chamada de mãe tem praticas que lembram a misericórdia de Jesus?
Pensemos um pouco para chegarmos à conclusão. Aquele jovem que vou chamar de
Arthur, para poupar sua identidade, foi casado durante uns dez anos, seu
casamento sempre foi um fracasso, a mulher e ele não aguentaram e se separaram.
Ela conseguiu outro casamento e não tem prática religiosa, ele sofreu muito,
muitas foram às vezes que o vi chora, muitas foram às vezes que rezei pra ele
juntos com outros amigos. Mas sua vida não podia parar, ele conheceu uma jovem,
mas não quis namora-la por que para tal ato precisava deixar a comunhão. Mas
vivia constantemente em pecado, não é fácil ter uma vida sexual ativa durante
anos e passar a viver a castidade, por isso sempre chorando por pecar
gravemente através da masturbação. Não aguentou tanto carinho, tanta atenção e
possibilidades de ter uma jovem mulher, para chamar de esposa, de meu bem. E
resolveu casar, mas na igreja não dá, só no civil. Casou e vive bem, mas toda
às vezes ao ir à santa Missa não pode comer o pão da vida. Não pode participar
dos sacramentos. Dizemos que a Eucaristia é fonte de vida e quem não comer do
pão do céu não tem vida plena. Mas posso testemunha sem medo de errar que ele é
muito mais santo e mais perto de Cristo do que eu. Ele é muito mais cristão,
vivi o sacramento do matrimônio melhor do que muitos que receberam. Ora conheço
e você também deve conhecer pessoas que são casados na igreja, mas vivem tão
mal, sem alegria, sem vida, sem felicidade, o marido tem fora ela uma duas e
até três mulheres, conhecemos mulheres que só vivem dentro da igreja e
participam de todas as pastorais para não viverem dentro de suas casas,
conhecemos talvez mulheres e homens que vão à fila da comunhão todos os
domingos e, no entanto vivem em adultério, conhecemos jovens que recebem a
comunhão do pão e do vinho que é transformado em degrau de vida eterna e que
todo final de semana vivem nos motéis com suas namoradas e suas ficantes. E
podem receber a comunhão e são considerados mais santos mais dignos dos que os
que vivem o casamento de segunda união. Meu Deus onde está aquilo que Nosso
Senhor ensinou, quando participou de refeição na casa de Zaqueu, ou quando teve
seus pés lavados por aquela pecadora, como fica a cabeça de quem vive uma
espiritualidade do evangelho. Vejo e digo sem medo de errar, mesmo sendo
submisso, ao sistema religioso imposto por Roma, prática da Igreja e a Prática
de Jesus muitas não são iguais. Minha gente não existe nenhum empecilho para
que o meu amigo Arthur que é mais cristão do que eu, participe da Comunhão. Roma
precisa repensar sobre como imitar o Cristo, queremos pregar paz, queremos
dizer para os que fazem guerras, parem e vivam a paz. Mas é preciso antes de
pregar essa paz fora da igreja, fazer-se Igreja de Cristo em seus atos para com
seus fieis. Hoje mim senti simplesmente um fariseu, diante do publicano, ele
realmente não pode comungar, diz Roma e eu posso comungar sendo pior do que ele
em minhas práticas, em minha maneira de seguir os ensinamentos de Nosso Senhor.
Enquanto tiver exclusão terá guerras, enquanto tiver pobreza, uns com tantos e
outros sem direito a nada, sempre terá guerras. Deus não pode talvez se
manifestar completamente em um ambiente como o que vemos. Com tanta exclusão
religiosa, uns com tantos direitos e outros tendo suas condições de ser humano
ignorado. Não podemos mesmo em nome do céu, mesmo em nome de uma religião pura
e sem mancha excluir da Sagrada Comunhão os que têm o desejo de comungar o
Cristo no Pão da Vida. Aliás, é do próprio Jesus a frase: não sãos os sadios
que precisam de médicos, não foi a justo que vim chamar. A Sagrada Comunhão é o
remédio que gera vida e vida plena e ela deve ser o alimento de todos os dias,
mas não apenas para aqueles que parecem puros, libertos das mazelas da vida, a
Eucaristia é Deus e Deus veio para todos e não para uma classe de
privilegiados. Jesus Eucarístico é vida e vida só gera vida. Engraçado, a
Palavra de Vida é para todos, comungamos Cristo Palavra pelos ouvidos, assim
como a Virgem Maria engravidou pelos ouvidos, e depois a Palavra, o Verbo se
faz carne. Vejam que contrastes, não podem comer a Palavra e a Podemos ouvi-la?
A mesma Palavra é a Mesma Carne. Se tal pessoa é pecadora para Comungar o Pão
da Vida, também o é para comungar a Palavra.