domingo, 13 de janeiro de 2013

Jesus e as Praticas da Igreja......

Jesus incluía a sua Igreja Exclui

Vemos nos evangelhos que muitas vezes Jesus vai contra as leis religiosas de sua época, para colocar alguém de volta no coração do pai. Ele sempre foi contra todo tipo de exclusão. Isso com as mulheres, às vezes com pecadores públicos, indo comer em suas casas, outras vezes nas vilas de leprosos, a verdade é que se observamos a vida, o ministério de Nosso Senhor ele sempre demostrava ser contra toda aquela exclusão, propagada por uma raça de homens que pareciam tão puros, que colocavam os fardos da religião nas costas do povo. O tempo passou, a igreja cresceu, convertendo-se muitas vezes as ideias de puritanismo religioso que nunca foi pregado por Jesus e pelos seus discípulos. Hoje infelizmente nossa Igreja, tem práticas que tornam o homem escravo, excluído da prática cristã. Uma delas é a comunhão. Hoje fui à missa na Igreja Matriz de Nossa Senhora Livramento, quando na hora da comunhão vi um bom homem de casamento de segunda união chorar sem lagrimas, sentindo-se excluído do banquete do cordeiro de Deus. Fico pensando se o direito canônico de nossa Igreja, chamada de mãe tem praticas que lembram a misericórdia de Jesus? Pensemos um pouco para chegarmos à conclusão. Aquele jovem que vou chamar de Arthur, para poupar sua identidade, foi casado durante uns dez anos, seu casamento sempre foi um fracasso, a mulher e ele não aguentaram e se separaram. Ela conseguiu outro casamento e não tem prática religiosa, ele sofreu muito, muitas foram às vezes que o vi chora, muitas foram às vezes que rezei pra ele juntos com outros amigos. Mas sua vida não podia parar, ele conheceu uma jovem, mas não quis namora-la por que para tal ato precisava deixar a comunhão. Mas vivia constantemente em pecado, não é fácil ter uma vida sexual ativa durante anos e passar a viver a castidade, por isso sempre chorando por pecar gravemente através da masturbação. Não aguentou tanto carinho, tanta atenção e possibilidades de ter uma jovem mulher, para chamar de esposa, de meu bem. E resolveu casar, mas na igreja não dá, só no civil. Casou e vive bem, mas toda às vezes ao ir à santa Missa não pode comer o pão da vida. Não pode participar dos sacramentos. Dizemos que a Eucaristia é fonte de vida e quem não comer do pão do céu não tem vida plena. Mas posso testemunha sem medo de errar que ele é muito mais santo e mais perto de Cristo do que eu. Ele é muito mais cristão, vivi o sacramento do matrimônio melhor do que muitos que receberam. Ora conheço e você também deve conhecer pessoas que são casados na igreja, mas vivem tão mal, sem alegria, sem vida, sem felicidade, o marido tem fora ela uma duas e até três mulheres, conhecemos mulheres que só vivem dentro da igreja e participam de todas as pastorais para não viverem dentro de suas casas, conhecemos talvez mulheres e homens que vão à fila da comunhão todos os domingos e, no entanto vivem em adultério, conhecemos jovens que recebem a comunhão do pão e do vinho que é transformado em degrau de vida eterna e que todo final de semana vivem nos motéis com suas namoradas e suas ficantes. E podem receber a comunhão e são considerados mais santos mais dignos dos que os que vivem o casamento de segunda união. Meu Deus onde está aquilo que Nosso Senhor ensinou, quando participou de refeição na casa de Zaqueu, ou quando teve seus pés lavados por aquela pecadora, como fica a cabeça de quem vive uma espiritualidade do evangelho. Vejo e digo sem medo de errar, mesmo sendo submisso, ao sistema religioso imposto por Roma, prática da Igreja e a Prática de Jesus muitas não são iguais. Minha gente não existe nenhum empecilho para que o meu amigo Arthur que é mais cristão do que eu, participe da Comunhão. Roma precisa repensar sobre como imitar o Cristo, queremos pregar paz, queremos dizer para os que fazem guerras, parem e vivam a paz. Mas é preciso antes de pregar essa paz fora da igreja, fazer-se Igreja de Cristo em seus atos para com seus fieis. Hoje mim senti simplesmente um fariseu, diante do publicano, ele realmente não pode comungar, diz Roma e eu posso comungar sendo pior do que ele em minhas práticas, em minha maneira de seguir os ensinamentos de Nosso Senhor. Enquanto tiver exclusão terá guerras, enquanto tiver pobreza, uns com tantos e outros sem direito a nada, sempre terá guerras. Deus não pode talvez se manifestar completamente em um ambiente como o que vemos. Com tanta exclusão religiosa, uns com tantos direitos e outros tendo suas condições de ser humano ignorado. Não podemos mesmo em nome do céu, mesmo em nome de uma religião pura e sem mancha excluir da Sagrada Comunhão os que têm o desejo de comungar o Cristo no Pão da Vida. Aliás, é do próprio Jesus a frase: não sãos os sadios que precisam de médicos, não foi a justo que vim chamar. A Sagrada Comunhão é o remédio que gera vida e vida plena e ela deve ser o alimento de todos os dias, mas não apenas para aqueles que parecem puros, libertos das mazelas da vida, a Eucaristia é Deus e Deus veio para todos e não para uma classe de privilegiados. Jesus Eucarístico é vida e vida só gera vida. Engraçado, a Palavra de Vida é para todos, comungamos Cristo Palavra pelos ouvidos, assim como a Virgem Maria engravidou pelos ouvidos, e depois a Palavra, o Verbo se faz carne. Vejam que contrastes, não podem comer a Palavra e a Podemos ouvi-la? A mesma Palavra é a Mesma Carne. Se tal pessoa é pecadora para Comungar o Pão da Vida, também o é para comungar a Palavra. 

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